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quarta-feira, 29 de junho de 2011

SAUDADES




Nós da Comissão organizadora do I Seminário da Pós Graduação em Ciências Sociais – UFRB gostariamos de prestar uma singela homenagem a nossa grande amiga Gabriela Dias, uma das organizadora desse evento e o nosso Coordenador Marcelo Lacombe que de maneira trágica nos deixaram na tarde do último domingo dia 26/06/2011.

É dificil de acreditar, dificil até de escrever, mais dificil ainda é pensar como serão nossos dias sem você. Gabi, como era chamada pelos amigos era uma pessoa doce, brilhante, alegre que nos cativava com seu  sorriso e jeito único de ser, menina- mulher, cheia de planos e sonhos para o futuro. Impossível descrever com palavras o que sentimos neste momento, sua ausência nos deixou um grande vazio.

Jamais vamos te esquecer!

Se tivéssemos de propor somente um adjetivo para ilustrar essa pessoa diríamos “Brilhante”, e isso não seria menos adequado se o momento não se tratasse de uma homenagem póstuma. Em nossas carreiras acadêmicas teremos sempre o prazer e o orgulho de dizer que fomos alun@s de Marcelo Lacombe, levaremos conosco o pouco que apreendemos de sua sabedoria, competência e capacidade de síntese. Mas acima do profissional estava o ser humano Lacombe, uma pessoa extremamente tranqüila, sensata e de bom caráter, pessoa que aprendemos a gostar e a respeitar não somente enquanto profissional, mas também como amigo.

Temos certeza que todos do programa sentirão muito sua falta, mas ainda bem que temos a capacidade de guardar as pessoas em nosso coração, para sempre.


A Um Ausente (Carlos Drummond de Andrade)

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.

Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.

Detonaste o pacto.

Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.

Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas.

Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.

Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

Comissão Organizadora do I Seminário da Pós Graduação em Ciências Sociais - UFRB

1 comentários:

Anônimo disse...

Caros alunos,
Acho que nesse seminário poderíamos fazer uma homenagem a Lacombe e Gabriela.
Abraço fraterno,
Diogo

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